domingo, 31 de julho de 2011

Verdade



Não sinto falta de nada, raramente sinto saudades de pessoas no geral, me desfaço de memórias, anulo  juras e meu sorriso está na perfeição utópica da vida.
Esse é a hora em que estou exposta ao que sou de verdade (pelo menos quando se trata das partes ruins, já que agora, não enxergo nada bom em mim), é quando revejo em um flash do tapa que recebi ao ouvir  “Você descarta pessoas Juliana, e faz isso com uma desenvoltura e frieza que jamais vi em alguém”.
Não sei se isso é algo tão ruim quanto soa.
Para mim, o que é sólido não passa com o vento e não desaba na primeira tempestade.
Minha aversão a pessoas e as chatices do convívio social nunca foi exatamente um segredo, apesar de quase sempre me encontrar fingindo simpatia desvelada, sorrisos amarelos, e acreditem isso não é nada fácil para mim, mas o faço, se não por mim, ao menos, pelo que gostaria de ser.
Não se engane, meu coração ainda bate, não existe tanto gelo em minha alma para que meus desejos  molestem outros corações. Eu apenas quero um bom silêncio não-incômodo, um dia sem baile de máscaras, danças de mentiras e gestos calculados.
Uma sociopata com coração, uma versão de saia de Charles Bukowski , escritora mediana perdida entre sonhos, ilusões e pesadelos..

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