Me desculpe... já incomodei demais.
Com as minhas lágrimas infantis, com os meus surtos existenciais.
Já é hora de levantar e enxergar toda vida que há La fora, e aqui dentro... dentro de mim.
A luz do amor e do sacrifício.
A essência de todo meu ser, desde o dia em que se ouviu um choro fino no dia 02 de março de 1992, às 14 hs e 40 min.
Tudo já estava marcado por uma promessa e um selo, desde o dia em que se ouviu um suspiro profundo dizendo: TEL TELESTAI!
Está livre! Está feito!
Em cada passo dado, em cada caminho escuro, em cada dor, Você esteve lá, mesmo em meio ao silêncio, mesmo em meio aos cortantes gritos de terror, Você esteve lá.
Agora que surgiram as duvidas mais uma vez, eu clamo por um dos Teus nomes: Conselheiro.
Em mim tudo se revoltou mais uma vez...
Mas Você sempre soube não é?
Soube que isso um dia iria voltar, e que apenas eu poderia escolher.
Na mente as lembranças de um amor egoísta, de um grande “nada” repleto de belas palavras, e a atitude incoerente com todas elas.
“O tempo passa e com ele passa a dor”.
Eu parei, e vi todas as frases embaralhadas, fora da real ordem.
Foram semanas imersas em tanta nostalgia e melancolia que não pude suportar mais e me prostrei aos Seus pés, sem ar, em prantos, eu pedi uma vez mais: “Socorro Pai! Estou sufocando”.
“Tenho lutado por tanto tempo
Mas eu escuto a sua voz
Você me tinha o tempo todo
Oh! Me diga que está aqui
E que irá cuidar de mim
Pra sempre!
Oh! toma o meu coração
Mostre que me ama!
Pra sempre!
Quando estou começando a me afogar
Você pula para me salvar
Quando meu mundo está de cabeça para baixo
Suas mãos me sacodem e me acordam....”
Amanheceu, finalmente.... tudo muito nebuloso, mas ainda assim, é dia...
Eu vejo o Teu agir, e espero a Tua providência.
Eu apenas quero me distanciar do que me faz sofrer, não quero lutar sozinha, porque as minhas forças são nulas frente à esse gigante.
“O tempo passa e com ele passa a dor...”
Porque se um dia eu Te ouvir dizer “Sim...”, eu saberei da verdadeira bênção que seríamos unidos em um só...