quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Apenas mais um


Pensamentos, reflexões, análises e disso partir para uma atitude...
...ou fazer sem pensar e nem mesmo esperar pelas conseqüências e se sentir surpreso quando elas abaterem a sua consciência fatigada pela rotina.
Falar de mim já não é mais tão interessante, falar do mundo já  não enriquece o que eu chamaria de “auto-conhecimento” e a ideia de continuar tentando vai ficando cada vez mais distante e  fraqueja quando me vejo distante de tudo e de todos.
O que mais eu poderia dizer se os vastos céus já não são tão azuis? Se as pessoas passaram a não mais me surpreender?
Não quero mais enxergar com os meus olhos e nem mesmo com os olhos da (minha) alma, pois não sinto como antes e não sei por quanto tempo ainda poderão ver em minha vida, traços de um passado-recente bom... talvez agora os meus sonhos sejam apenas devaneios de uma loucura sã (por assim dizer, uma vez que só eu mesma me considero delirante e o mundo há muito tempo me ignora).
Já nem eu agüento escrever apenas pra aliviar as minhas angústias e inflamar os poucos leitores (bem poucos) à melancolia e a constante sensação de que, estar em meio à uma multidão, ainda assim significa estar sozinho.
Peço desculpas se quase sempre me assemelho à um pierrot, mas  por mais que eu tente sentir o vento em minha face e um sopro de vida passar pelo meu corpo a cada dia, nem sempre consigo me manter forte, apenas me escondo nessa forma.
Esse é um pequeno post, sobre algo vago e abstrato, porque me faltam palavras certas pra essa pessoa incerta, inconstante, algumas vezes amarga consigo mesma e com o mundo (marginal) à que estou presa.
Esse é um pequeno post sem um inicio decente, com um “meio” estranho e um final ridiculamente marcado... esse foi só mais um post...


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Je vais bien





Vamos lá
Essa é a hora que eu tento não sentir medo,que me faço de forte e jogo fora os rascunhos de fragilidade do meu rosto.
Esta é a hora que me levanto mesmo sabendo que assim que alguém se for eu irei cair gemendo de dor.
De esquecer o dito “sexo frágil” e enfrentar o pesadelo, a dor, o desespero e a tristeza estridente.
De sorrir mesmo com lágrimas de infelicidade congeladas no peito, pra esconder do mundo o peso que está sobre as minhas costas e o quanto sangram meus pés.
Hora de transparecer o que não é, inventar alegrias inexistentes pra que a frase “estou bem, obrigada ”soe como uma verdade (se não absoluta) ao menos convincente.
Um dia a dor passa, a ferida cicatriza, a nuvem de chuva se dissolve e a mentira se torna verdade...

Filhos







“Eu vou escrever pra você o que eu sempre quis dizer
Nessa carta que talvez você nunca vá receber.
Me desculpe desde já por favor
E tente entender a minha letra que a lágrima borrou.

Hoje é quinta-feira o dia tá nublado.
Nem fui para a escola, perdi a hora, acordei zuado.
Trancado aqui no quarto, vejo os álbuns de retrato
De como parecia que agente era feliz
Uma foto de nós dois abraçados e depois
Outra de um aniversário de alguns anos que fiz.
Então comecei a recordar nossa historia
Tudo que vivemos juntos em nossa trajetória.
Muitas glórias, muitas crises, vários planos.
Tempos felizes de uma família em poucos anos.
Lembro perfeitamente, até posso sentir
As cócegas que você fazia pra me fazer rir.
Como ficava quando eu tirava 10 na escola.
E me levava para empinar pipa e jogar bola.
Quando me perguntavam o que eu queria ser quando crescer.
Eu dizia que queria ser como você.
Que simplesmente era o meu super-heroi
E que deixou muita saudade no meu peito que dói.
É tipo assim peço, por favor, tente me entender.
Quando ouvir a musica que agente fez pra você.
Sonhei, Nunca faz mal sonhar.
Busquei, Alguém para me espelhar.
Achei, em Deus um pai, meu rei
Meu respirar...
Quando me lembro, você saindo naquela porta
As forças dos ombros, eu pedindo, "papai volta?"
As lagrimas caíam dos meus olhos, você enxugou,
Pegou-me no colo me deu um beijo e me abraçou.
Você prometeu pra minha irmã que voltaria.
Pelo menos uma vez por semana e nos levaria
Para matar a saudade, passear na cidade
De repente isso seria bem melhor pra agente.
No começo foi realmente assim...
É, quase assim...
Acho que você sabe que foi duro pra mim ou pra nós..
Acho que não, você sumiu.
Nem viu sua filha crescer, foi rápido, nem sentiu
Foram poucos telefonemas, para matar quem nos matava
No final sempre com um beijo, dizia que me amava.
Ouvia uma voz de neném bem lá no fundo
Eu sabia que você encontraria outro mundo,
Alguém para concorrer do amor que eu tanto sinto por você
E que por telefone eu não sei dizer.
Mas de que vale o amor se o senhor não ta aqui?
Pra eu poder te abraçar, te beijar e sorrir
Não sou mais aquela criança contente
Nem você aquele pai tão presente.
É tipo assim...
Peço, por favor, tente me entender.
Quando ouvir a musica que agente fez para você.
Sonhei, Nunca faz mal sonhar.
Busquei, alguém para me espelhar.
Achei, em Deus Um pai, meu rei
Meu respirar...
Eu fui crescendo, vendo meus colegas
Onde eu morava que tinham um pai em casa
mais não valorizavam
Ah! Quem dera se eu tivesse essa oportunidade
De ter você aqui comigo no domingo à tarde
Pra me ensinar a dirigir
E dividir comigo tudo que 'cê' sabe
E ser o meu melhor amigo
Mas não, foi minha mãe que fez o seu papel
Ensinou - me a ser alguém, nunca me deixou ao léo
Ela disse que o amor não pode viver com a mágoa
É como o ditado do óleo que não junta com a água
Que é necessário eu te amar e esquecer todo o passado
De que vale o amor se você não tá aqui do nosso lado?
Mas eu te amo e isso me dói aqui dentro
E gostaria de mostrar com atitudes o meu sentimento
Os filhos sempre são os que sofrem mais
Com a separação dos pais.
Sonhei, Nunca faz mal sonhar.
Busquei, alguém para me espelhar.
Achei, em Deus Um pai, meu rei
Meu respirar...
Sonhei...
Eu achei...
Meu respirar...

Adaptação da música : Filhos – Ao cubo

sexta-feira, 29 de outubro de 2010


Eu ri com você
Eu confundi o teu nome e troquei o teu número
Eu fechei as portas do meu quarto e de joelhos clamei por você.
Eu chorei pelas suas dores
Eu gargalhei das suas piadas (assim como você das minhas).
Eu cantei pra você, e mesmo sem você saber, dedilhei notas bobas ao violão, com sua voz cravada não mais na minha mente, mas no meu peito.

Me sinto assim, me sinto só
Porque já não sinto o que sentia antes.
Minhas andanças no caminho das interrogações me fizeram crer que, como antes, me apeguei à alguém abstrato, e me envolvi intimamente com algo que você não poderia supor: o sentimento em sí, a necessidade de sentir o coração bater mais forte, e hoje tento segurar isto com todas as forças que existe dentro de mim , pois entendo o meu mundo como de “almas sozinhas” e nele, é escassa a chuva de amor entre duas pessoas. É como uma chuva de verão que cai sem porquê, é forte como uma tempestade porém veloz como o tempo. Esse tempo que cada dia mais distancia os nossos corações.

Eu bem sei dos meus defeitos.
Eu escrevo as minhas neuroses
Eu conto as minhas visões perseguitivas a mim mesma (e eu sei o quanto isso me encadeia com o meu “eu inexistente”).
Mas se você ao menos você soubesse, o quanto te quis, se eu soubesse como arriscar e não ferir o meu orgulho, talvez eu ainda fosse capaz de dizer que ainda te quero como antes.... Ah! Como eu gostaria de dizer : ”É tudo como antes, como dia em que nos conhecemos e sem motivo aparente, me apaixonei por “nosso negócio de 40,00 + frete”
É... eu vou ver por aqui, qualquer coisa eu te falo depois...*puts grila... tá muito cara essa camiseta*”.

Você pode ver o que mudou agora?
Você entende o meu carrossel de emoções?

Eu estarei aqui, neste mesmo carrossel, vivendo as emoções velozes das raridades que me mostram a vida.
Te darei a mão e direi aquilo que você não pode ouvir no seu mundo.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Me encontre outra vez... Me deixe te tocar♪



Como posso estar tão perto e não te ver?
Esquecendo-me da luz do Teu Olhar
Quantas vezes eu andei sem ouvir tua voz
Não suporto a dor de estar longe desse amor
Me encontre outra vez
Me dixe te tocar
Me encontre outra vez
Eu não desistirei



Página em branco...
Coração vazio...
Olhar apático...
Marchando em direção ao nada, me pergunto quem sou eu e em meio ao vácuo nem ecos de resposta posso ouvir.
Um grande dia se aproxima, aquele que vai matar o que fui e mostrará ao mundo o “novo homem”.
Gostaria de rever as minhas antigas convicções enrubescerem a minha face de euforia, e com um grito vindo da alma se ouviria “Aqui vive o grande Rei! Jesus eu te amo!”.
Eu vejo dois passados logo atrás, amo mais que a minha própria vida o 2º, pelo qual ainda luto ferozmente para que continue sendo um presente vivo em minha vida.
Não me importo com as dores causadas por homens, não choro mais com as dificuldades, não paro pelo deserto, mas um lamento de socorro escorre pelos meus olhos; nelas as palavras: “Não posso morrer assim, Pai... Aviva-me...Aviva-me!!”.
Por meses e meses me vi atirada em um mar de questionamentos, aqueles que pouco a pouco foram matando a minha fé (antes tão sólida e estridente).
Mas enganam-se aqueles que pensam que irei desistir, que irei parar, que irei morrer, pois enquanto em mim houver a doce lembrança dos momentos vividos em um jardim de amor e enquanto um fôlego de vida sustentar a minha existência, eu continuarei buscando àquele que um dia me resgatou da morte eterna.
Existe um selo no meu coração e o meu nome foi gravado nas palmas de suas mãos, assim, continuo crendo nas Tuas promessas e propósitos e pra mim.
Quantas canções eu à Ti entoei?
Quantos versos amorosos à Ti dediquei?
E as lágrimas de gratidão que derramei ante aos Teus pés?
Não, não creio que seja o momento de parar, pois tenho medo de mais uma vez sair da Tua presença e nunca mais ouvir o som da Tua misericórdia (que eu sei, dura para sempre).
Eu sinto a paz do Teu amor e sei, que o som dessa Tua voz mudará o curso do rio da minha vida, e chuva temporã cairá sobre o meu estéril coração.

 
 Eu quero nascer do Teu Espírito
Eu quero matar a minha carne
Fazer Tua vontade, doce Espírito
Que a minha vida seja Tua vida,
Jesus...