quarta-feira, 30 de junho de 2010

Aquele amor idealizado


Todas as noites eu vejo alguém.
Não o conheço e nem sua voz sei definir.
Ele canta, ele declama.
Ele me estende as mãos e suavemente diz ao meu ouvido “não sou o que você pensa... mas sou tudo aquilo que você deseja”.
Ele tem o “quê” de mim dentro dele por isso me ouve sem que eu nada diga.
É ele quem eu vejo quando fecho meus olhos e abro o meu coração pra sentimentos perigosos (ao menos para minha razão tão imperante).
São meus dias que definem o que sou ou o que me tornei.
É o tempo que, aquele que acusa o “tic-tac” do relógio que me mostra racional  por onde quer q eu passe... talvez dando nós em fantasias alheias , no momento em que a minha boca grita a parte amarga do amor...E quando então eu já não posso mais ouvir o “tic-tac” do relógio, me esqueço da razão e me adentro pelo vórtex  concebido pela parte perigosa do meu coração e é aí , nesse puro momento de sublime ilusão , que vejo aquele a quem eu chamo de “amor idealizado”.

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